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Ativista indígena viraliza após falar sobre menstruação: "Não é respeitado isso na sociedade"

Foto: Reprodução/Instagram
𝑾𝒆’𝒆’𝒆𝒏𝒂 𝑻𝒊𝒌𝒖𝒏𝒂, que é ativista e artista indígena do Amazonas, está viralizando nas redes sociais com um vídeo onde fala sobre a tradição de seu povo, de que as mulheres, durante o período menstrual, não podem trabalhar ou fazer comida, fazendo uma comparação com a vida das mulheres nas cidades, que não são amparadas pela lei para poder descansar em seus dias sagrados. 

Segundo a ativista, que tem mais de 308 mil seguidores no Instagram, durante os dias da menstruação, a mulher precisa ficar isolada, não pode ser tocada por homens e precisa de uma alimentação separada.

"Quando a indígena menstrua, na aldeia, ela não pode fazer nada. Ela não pode tocar no alimento, não pode fazer o alimento, ela tem que ficar isolada. Imagina na cidade... tem muitas mulheres no momento dela menstruar, ela não pode trabalhar, seria perfeito. Isso acontece na minha aldeia. Porque, no nosso entendimento indígena, os homens, quando uma indígena tá na sua menstruação, os guerreiros não chegam perto dela, ela não pode ser tocada. A alimentação dela é separada, isso acontece nos dias atuais de hoje, no meu povo", afirmou. 

𝑾𝒆’𝒆’𝒆𝒏𝒂 declarou ainda que ficou surpresa ao descobrir que, as mulheres que moram em cidades, acabam fazendo tudo, mesmo precisando de repouso.

"Quando me encontro com a minha mãe e fico nos meus dias sagrados, minha mãe também não me deixa eu fazer nada e isso foi um choque para mim, quando eu fui morar na cidade porque na cidade você pode tudo. Você não tem o respeito com o seu corpo, né? Porque naquele momento a mulher tá sensível. Por isso que quando nós fazemos em toda a moça nova, é o momento que ela menstrua, fazer um ritual do consagramento de menina para mulher, então é o momento que o nosso corpo precisa de isolamento, tá sozinha, e não é respeitado isso na sociedade. Não tem uma lei que posso falar, é o momento dela descansar, deixa ela quietinha ali, não!  Aqui você trabalha, trabalha, trabalha, trabalha e explode", destacou a artista ao pontuar as diferenças

O vídeo da ativista já tem mais de 3,9 milhões de visualizações e 330 mil likes, e recebeu comentários como: "Isso é muito bonito de se ver, a valorização da mulher", "Podiam valorizar a mulher dessa forma, mas não... É só estresse!!", "Esse vídeo tinha que ser patrimônio nacional feminino, na moral...", e "Com vocês está a verdadeira sabedoria. E ainda tem mulher da cidade que é contra o projeto da licença menstrual. Nós da cidade honramos a sabedoria do povo indígena".